Praça Eufrásio Correa
Visão geral
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O nome dessa praça evoca o parnanguara Manoel Eufrásio Correia, formado em Direito no Recife, promotor público, deputado provincial, presidente da Assembléia, além de chefe de polícia de Santa Catarina e, finalmente, presidente da província de Pernambuco.
Remonta ao final do século passado o desenvolvimento da área urbana ao sul da atual Rua XV de Novembro, estabelecendo-se a Praça Eufrásio Correia como núcleo dinamizador da cidade, a partir da construção da Estação Ferroviária. A inauguração em 1885 da ferrovia, unindo Curitiba ao Porto de Paranaguá, concorreu decisivamente para a transformação dos arredores da estação, que foram sendo ocupados por instalações industriais e de comércio exportador. As primeiras indústrias atraídas para aquela área foram as de erva-mate - na época, o principal produto de exportação do Paraná -, seguidas por fábricas, de barrica - para acondicionamento da erva-mate, - cerveja, fósforos, além de moinhos e armazéns. Com a dinamização da área, não só pelas atividades econômicas mas pela movimentação de passageiros, principalmente pela chegada de imigrantes, assume a praça o papel de principal ponto de encontro da cidade; e a antiga Rua da Liberdade, hoje Barão do rio Branco, unindo o largo ao centro tradicional, a função de principal artéria urbana, sendo nesta implantada a estação de bondes.
É na gestão de Cândido de Abreu, na última década do século, que o “Largo da Estação”, com seus ll.500 metros quadrados, consolida-se como o novo centro político e comercial da cidade, com a construção da sede para a Assembléia Provincial no lado oposto ao da Estação Ferroviária e a concessão de licença municipal à instalação, na praça e nos seus arredores, de diversos tipos de comércio, como quiosques, botequins, bilhares e restaurantes.
Os principais estabelecimentos comerciais atraídos para a área foram, porém, os hotéis, a maioria pertencente a alemães e italianos, e dedicados à hospedagem de imigrantes, comerciantes e políticos.
Ligaram-se à memória da praça e da cidade, hotéis como o Yohnscher, o Brotto, o Delmira dos Santos, o Paraná, o Rio Branco, o Roma e o Tassi . O desenvolvimento do transporte rodoviário, a transferência da Assembléia para o Centro Cívico e, finalmente, a construção, em outro local, da Estação Rodo-ferroviária, foram os fatores que, sucessivamente, marcaram o fim do papel polarizador da Praça Eufrásio Correia.
Se não possui mais a efervescência da época em que os principais acontecimentos ali ocorriam, como atestam as fotografias do início deste século, manteve porém a mesma escala urbana com a sobrevivência dos edifícios que balizavam seus limites: a Casa Emílio Romani, a oeste; a antiga Assembléia, ao norte; a seqüência de sobrados, a leste, e finalmente a antiga Estação Ferroviária ao sul. Desapareceram os quiosques metálicos, onde se vendiam refrescos, rapaduras e passarinhos, mas permaneceu o chafariz de ferro importado da França. E ganhou, como um dos seus principais atrativos. “O SEMEADOR”, a mais bela das esculturas do artista paranaense Zacco Paraná, presente oferecido em 1922 à cidade pela colônia polonesa. Na vegetação sobressaem os plátanos que no outono, quando sua folhagem ganha os diversos tons do marrom e do castanho, contribuem para conferir-lhe o título de mais bonita praça da cidade.
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